Guerra Civil, entre a emoção e a confusão política, uma Jornada de horror e reflexão
Em um contexto de divisões políticas e sociais, “Guerra Civil” emerge como uma representação inquietante de um Estados Unidos dilacerado por conflitos internos. Embora envolva o espectador com sua trama repleta de perigos e ação, a mensagem política do filme muitas vezes se obscurece em meio à confusão.
Nesta análise, adentramos a visão do renomado diretor Alex Garland, que nos conduz por uma jornada angustiante através de paisagens devastadas pela guerra, confrontando-nos com questões submersas e um cenário de horror que transcende os limites do cinema convencional.
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“As cenas são frequentemente menos cinematográficas e mais documentais, o que foi uma maneira de intensificar a brutalidade da violência”, comentou o diretor, de acordo com informações da Diamond Films Brasil, responsável pela distribuição do filme.
O grupo de jornalistas é composto por duas pessoas experientes: Lee (interpretada por Kirsten Dunst), uma fotógrafa cínica de combate, e Joel (interpretado por Wagner Moura, conhecido por “Narcos”). Eles são acompanhados por uma fotojornalista novata (Cailee Spaeny de “Priscilla”) e um veterano experiente (Stephen McKinley Henderson), muito para o desagrado de Lee.
Chegando durante um período de ruído político amplificado nas redes sociais nos Estados Unidos, o filme de Garland se destaca com seu título e tema diretos, provocativos e inquietantes.
No entanto, a narrativa evita qualquer exploração de backstory que poderia enriquecer esses elementos, optando por uma jornada por paisagens visualmente deslumbrantes, desde estradas desoladas até áreas repletas de veículos abandonados e cadáveres.
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Entre esses encontros, nenhum é tão angustiante quanto o confronto com soldados aleatórios, incluindo o marido de Dunst, Jesse Plemons, que questiona de forma incisiva os repórteres sobre sua identidade americana.
Em alguns aspectos, “Guerra Civil” parece uma oportunidade desperdiçada ao evitar abordar certas questões, preferindo deixar o conceito chocante de um filme de guerra em solo americano falar por si só, em linha com “Platoon” ou “Nascido para Matar”.
Em certa medida, “Guerra Civil” se diferencia dos filmes anteriores de Garland ao deixar o público lidar com questões não declaradas. Embora enraizado na realidade, o filme é menos sobre comentário político ou advertências e mais fundamentalmente um filme de horror.
Saiba mais sobre a carreira do astro Wagner Moura:
Wagner Maniçoba de Moura, nascido em 27 de junho de 1976, é um renomado ator, diretor e cineasta brasileiro. Sua trajetória teatral teve início em Salvador, onde colaborou com diretores de prestígio, antes de conquistar seu espaço no cinema nacional. Em 2003, obteve seus primeiros papéis principais, destacando-se em “Carandiru”, o que o projetou para o cenário cinematográfico do Brasil. Continuou a estrelar importantes produções, como os aclamados “Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2”, interpretando o emblemático Capitão Nascimento, o que lhe rendeu reconhecimento internacional.
Além de seus sucessos no cinema, Moura também se destacou na televisão, sendo elogiado por sua atuação como antagonista na novela “Paraíso Tropical” em 2007. Sua incursão no cinema americano ocorreu em 2013, com o filme de ficção científica “Elysium”, ao lado de Matt Damon e Jodie Foster, marcando sua estreia internacional e recebendo elogios da crítica.
Em 2015, Wagner Moura protagonizou a série “Narcos”, interpretando o icônico traficante de drogas Pablo Escobar, o que lhe valeu diversas indicações a prêmios, incluindo o Globo de Ouro. Posteriormente, Moura retornou à direção, contribuindo com dois episódios de “Narcos: Mexico”.
Para além de sua carreira artística, Moura tornou-se um defensor da representação positiva dos latino-americanos em Hollywood. Em 2021, estreou como diretor e roteirista com “Marighella”, cinebiografia que recebeu aclamação no Festival de Cinema de Berlim em 2019, arrebatando diversos prêmios em cerimônias posteriores.