sexta-feira, dezembro 20, 2024
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    Reddy Allor: Da Dupla Sertaneja à Drag Artista – Uma Jornada de Coragem e Autenticidade

    Reddy Allor: A Coragem de Ser Autêntica no Universo Sertanejo Drag

    Reddy Allor, aos 25 anos, fez uma escolha ousada que transformou não apenas sua carreira, mas sua vida pessoal: deixou para trás uma promissora carreira de 12 anos ao lado do irmão na música sertaneja para abraçar o desafiador mundo da drag sertaneja.

    Natural de Olímpia, interior de São Paulo, Reddy Allor, ou Guilherme Bernardes quando não está montada, encontrou-se dividida entre dois mundos até tomar a decisão crucial de seguir seu coração.

    A trajetória de Reddy Allor começou cedo, cantando ao lado do irmão Gabriel. Juntos, formaram uma típica dupla sertaneja que tinha o apoio não só de seus familiares, mas também de toda uma comunidade que via neles o sonho de sucesso.

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    Contudo, o chamado para explorar sua expressão artística de forma mais pessoal e singular falou mais alto.

    “Foi uma decisão difícil”, admite Reddy Allor. Romper com as expectativas familiares e a estabilidade de uma carreira já estabelecida trouxe consigo um misto de culpa e responsabilidade.

    No entanto, sua coragem foi recompensada quando ganhou visibilidade ao vencer o reality Queen Stars Brasil, apresentado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza. Esse marco não só validou sua jornada como artista drag, mas também abriu portas em um mercado que, até então, pouco explorava.

    A transição de Reddy Allor para o universo drag sertanejo não é apenas uma questão de estética ou de performance, mas também de representatividade. Ela se tornou um símbolo para a comunidade LGBT+, desafiando estereótipos e ampliando os limites do gênero sertanejo, historicamente conservador e heteronormativo.

    Enquanto muitos artistas pop drag focam na música eletrônica e no glamour urbano, Reddy Allor mantém suas raízes no sertanejo, uma escolha que não apenas ressoa com suas origens, mas também com sua identidade pessoal.

    Reddy Allor

    “O sertanejo é minha raiz”, declara Reddy. “É através dele que expresso meus sentimentos mais profundos e me reconecto com minhas origens. Como pessoa LGBT+, sinto a necessidade de ocupar esse espaço de maneira autêntica, sem me desviar das tradições e valores que aprendi desde criança.”

    Enfrentar um mercado tão tradicional como o sertanejo não é fácil para Reddy

    Ela reconhece os desafios de lidar com uma indústria muitas vezes machista e conservadora, mas encontra força na comunidade que a apoia e na equipe que a rodeia, composta principalmente por pessoas LGBT+ que compartilham sua visão e experiência de vida.

    Recentemente, Reddy Allor lançou o single “Cavalo de Troia” em parceria com Gabeu, outro artista LGBT+ que vem conquistando espaço no sertanejo. O clipe futurista da música chamou a atenção pela estética inovadora e pela mensagem de inclusão e diversidade que transmite.

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    Olhando para o futuro, Reddy tem ambições claras. Almeja não apenas consolidar seu lugar no mercado nacional, mas também alcançar reconhecimento internacional. Seu maior desejo pessoal, no entanto, vai além do sucesso artístico.

    “Quero proporcionar conforto para minha família e retribuir todo o apoio que recebi ao longo da vida”, revela com humildade.

    A jornada de Reddy Allor é um testemunho de coragem, autenticidade e perseverança. Ao escolher seguir seu próprio caminho, ela não apenas desafia normas preestabelecidas, mas também inspira outros a serem verdadeiros consigo mesmos, independentemente das expectativas externas.

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