Personalidades da comunicação e da política lamentam a perda do ícone que marcou gerações com sua voz inconfundível
Sérgio Chapelin ressaltou o talento nato de Cid para trabalhar com a voz, destacando sua importância no telejornalismo brasileiro.
A notícia de sua morte gerou uma onda de homenagens e manifestações de respeito de profissionais da comunicação, rádio e televisão. Cid, que ficou imortalizado pela sua atuação na bancada do Jornal Nacional, é lembrado por sua voz marcante e pela seriedade com que transmitia as notícias mais importantes do país.
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Seu parceiro de longa data, Sérgio Chapelin, destacou a importância de sua convivência com Cid, afirmando que o jornalista foi uma referência de dedicação e profissionalismo. “A nossa parceria foi bastante longa. Me ajudou muito porque eu tinha que me superar para conseguir ficar no mesmo patamar dele. Ele sempre foi determinado”, disse Chapelin.
Outras grandes personalidades do telejornalismo também expressaram seu respeito. William Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional, ressaltou o talento nato de Cid para trabalhar com a voz:
“O Cid Moreira nasceu com uma voz maravilhosa, um timbre espetacular. Mas ele se aplicou porque tinha talento e transformou essa voz em um instrumento de trabalho absolutamente inigualável e insubstituível”.
Renata Vasconcellos, também do Jornal Nacional, lembrou a importância do famoso “boa noite” de Cid, que trazia um misto de segurança e alerta para os telespectadores, enquanto Fátima Bernardes compartilhou a emoção de ter sido chamada ao vivo pela primeira vez por Cid, durante uma cobertura de enchente no Rio de Janeiro.
Outras homenagens vieram de jornalistas como Sandra Annenberg e Patrícia Poeta, que destacaram a generosidade e a humildade do colega, e até mesmo figuras do entretenimento, como o ilusionista Mister M, que relembrou momentos divertidos ao lado do jornalista.
O empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho também prestou tributo, agradecendo a Cid por sua contribuição à televisão brasileira.
Além das manifestações de profissionais da mídia, líderes políticos e instituições se pronunciaram. O presidente Lula, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, destacaram o legado de credibilidade e compromisso com a verdade que Cid Moreira deixou para o jornalismo brasileiro.
Críticos e especialistas da área, como Patrícia Kogut e Pedro Bial, afirmaram que Cid Moreira ocupa um lugar único na história da televisão nacional, sendo um símbolo de profissionalismo e uma figura insubstituível.
Sérgio Chapelin: A Trajetória de um Ícone do Jornalismo Brasileiro
Sérgio Chapelin é uma figura emblemática do jornalismo brasileiro, conhecido por sua longa e respeitável carreira na televisão. Nascido em 1946, no Rio de Janeiro, Sérgio Chapelin iniciou sua jornada no jornalismo na década de 1960, quando começou a trabalhar em rádio e, posteriormente, em televisão.
Aos 22 anos, ele já era um dos repórteres do Jornal Nacional, que começou a ser exibido pela Rede Globo em 1969. Sua carreira na emissora rapidamente decolou, e ele se destacou como apresentador e repórter de notícias. A sua seriedade e dedicação ao jornalismo foram fundamentais para ganhar a confiança do público brasileiro.
Em 1972, Chapelin se tornou um dos âncoras do Jornal Nacional, ao lado de Cid Moreira. A dupla se tornaria uma das mais icônicas da televisão, consolidando a reputação do telejornal como um dos mais respeitados do país.
A parceria com Cid foi marcada pela harmonia e pelo profissionalismo, e juntos, eles foram responsáveis por transmitir algumas das notícias mais importantes da história do Brasil, desde crises políticas até eventos esportivos de grande relevância.
Durante sua carreira, Sérgio Chapelin também se destacou como repórter especial, cobrindo diversas pautas, desde a política até o cotidiano do povo brasileiro.
Em 1996, ele foi escolhido para ser o âncora do programa Fantástico, onde continuou a mostrar sua versatilidade e competência. Seu carisma e capacidade de comunicar-se com o público o tornaram uma referência no jornalismo.
Além de seu trabalho na televisão, Sérgio Chapelin é conhecido por seu compromisso com a ética e a responsabilidade jornalística. Ele sempre defendeu a importância de informar com precisão e de ser a voz dos cidadãos, reforçando o papel do jornalista como um guardião da verdade.
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Após mais de 40 anos de carreira na Globo, Sérgio Chapelin se aposentou em 2017, mas seu legado permanece vivo na memória dos brasileiros. Ele é lembrado não apenas como um excelente apresentador, mas também como um profissional que dedicou sua vida a informar e a contribuir para a formação da opinião pública no Brasil.
Com uma trajetória admirável, Sérgio Chapelin se consolidou como um ícone do jornalismo brasileiro, sendo inspiração para novas gerações de jornalistas que buscam seguir seus passos.