sexta-feira, dezembro 20, 2024
spot_img
More

    últimos posts

    Bia Ferreira encerra carreira olímpica como maior medalhista do boxe brasileiro

    Mesmo sem ouro, pugilista soma bronze de Paris à prata de Tóquio

    A terça-feira foi histórica para Bia Ferreira e o boxe brasileiro. A pugilista conquistou mais uma medalha nos Jogos Olímpicos, desta vez um bronze em Paris. Apesar da frustração por não ter alcançado o ouro, Bia encerrou sua carreira olímpica como a maior medalhista do Brasil no boxe.

    Com 151 vitórias em 160 lutas e 41 pódios em 42 competições, Bia Ferreira é uma referência no esporte. Sua trajetória, que começou em uma garagem em Salvador, a levou ao pódio olímpico duas vezes, eternizando seu legado.

    Confira: Isadora Pompeo Desmaia E É Carregada Durante Show Em Goiás

    O “berço” na garagem de Salvador

    Bia Ferreira nasceu com o DNA vencedor do pai, Raimundo Oliveira Ferreira, mais conhecido como Sergipe. Ele foi tricampeão baiano e bicampeão brasileiro, além de ter sido sparring do tetracampeão mundial Acelino “Popó” Freitas.

    Sergipe treinava jovens na garagem de casa, onde Bia começou a se interessar pelo boxe ainda criança.

    A vida no ringue em Minas Gerais

    Em 2004, Sergipe mudou-se para Juiz de Fora, Minas Gerais, levando Bia, então com 11 anos. Ele começou a treinar a filha, que rapidamente se destacou em competições nacionais. Bia foi notada pela seleção brasileira, e sua carreira decolou.

    Bia sempre valorizou o apoio dos pais, Sergipe e Suzana Pereira Soares, apesar de separados. Ela credita a eles sua formação como atleta e pessoa.

    Bia Ferreira: do Brasil para o mundo

    Antes dos Jogos de Tóquio, Bia Ferreira já era uma campeã consolidada, com medalhas em torneios internacionais. Ela conquistou ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e no Campeonato Mundial, ambos em 2019.

    Em Tóquio, Bia conquistou a prata, sendo derrotada na final por Kellie Harrington, da Irlanda. Mesmo com a frustração, Bia continuou sua trajetória vitoriosa, ganhando torneios na Polônia, Sérvia, República Tcheca, Alemanha e Bulgária.

    Ciclo Paris 2024

    Após Tóquio, Bia continuou conquistando títulos, incluindo o bicampeonato mundial e dos Jogos Pan-Americanos. Em 2022, ela assinou contrato para competir profissionalmente e acumulou vitórias, incluindo um título mundial na Federação Internacional de Boxe.

    Em Paris 2024, Bia chegou como uma das favoritas ao ouro. Ela venceu Jajaira Gonzalez e Chelsey Heijnen, mas foi derrotada nas semifinais por Kellie Harrington, ficando com o bronze.

    Apesar da aposentadoria do boxe olímpico, Bia continuará sua carreira no boxe profissional, onde pretende deixar sua marca.

    Bronze em Paris

    Bia Ferreira chegou a Paris disposta a “colorir” sua prata de Tóquio com ouro. Dominante nas primeiras lutas, ela foi derrotada por Kellie Harrington nas semifinais e ficou com o bronze. Bia lamentou a ausência na final, mas destacou sua missão no boxe profissional.

    — Queria ser campeã olímpica. Saio feliz do boxe olímpico, mas tenho uma missão no boxe profissional que, se Deus quiser, vou completar — afirmou Bia.

    Bia Ferreira: Da Garagem à Glória no Boxe Brasileiro

    bia ferreira

    Beatriz Ferreira, conhecida carinhosamente como Bia Ferreira, é um ícone do boxe brasileiro. Nascida em Salvador, Bahia, em 1993, Bia cresceu em um ambiente onde o esporte era uma parte fundamental da vida cotidiana.

    Filha de Raimundo Oliveira Ferreira, conhecido como Sergipe, um ex-boxeador e treinador, Bia foi introduzida ao boxe desde muito cedo. Seu pai, que treinava jovens atletas em uma garagem na casa da família, foi sua primeira inspiração e mentor.

    A paixão de Bia pelo boxe floresceu aos oito anos, quando começou a treinar de forma mais consistente. Com apenas 11 anos, ela se mudou com seu pai para Juiz de Fora, Minas Gerais, onde Sergipe continuou a treiná-la.

    Em uma nova cidade e com desafios maiores, Bia demonstrou um talento excepcional e uma dedicação incansável ao esporte. Treinando muitas vezes com meninos devido à falta de meninas em seu nível, Bia rapidamente se destacou em competições nacionais.

    Sua ascensão no boxe foi meteórica. Bia começou a acumular vitórias em torneios nacionais e internacionais, o que a levou a ser notada pela seleção brasileira.

    A partir daí, ela passou a competir em eventos de grande prestígio, conquistando títulos e honrarias que consolidaram sua reputação como uma das maiores pugilistas do Brasil.

    O ponto de virada na carreira de Bia veio em 2019, quando conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e o título mundial na Rússia, ambos na categoria peso-leve (60kg).

    Essas vitórias não só a colocaram no mapa global do boxe, mas também solidificaram seu status como uma das principais candidatas ao ouro olímpico.

    Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, realizadas em 2021 devido à pandemia de COVID-19, Bia fez história ao conquistar a medalha de prata.

    Apesar da derrota na final para a irlandesa Kellie Harrington, a prata olímpica foi um feito monumental e um momento de orgulho para o Brasil. Bia dedicou a medalha ao seu pai e treinador, ressaltando a importância de sua orientação e apoio ao longo de sua carreira.

    Mesmo após Tóquio, Bia Ferreira continuou a brilhar no cenário internacional. Em 2023, ela se tornou bicampeã mundial ao vencer o campeonato em Nova Délhi, Índia.

    Além disso, conquistou novamente a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos em Santiago, Chile, demonstrando sua consistência e excelência no boxe.

    Descubra a Mais Recente Casa de Apostas no Brasil: Bora Jogar

    Em paralelo ao seu sucesso no boxe olímpico, Bia Ferreira também iniciou uma carreira no boxe profissional. Em outubro de 2022, ela assinou um contrato para disputar lutas profissionais e fez sua estreia vitoriosa contra Taynna Cardoso.

    Desde então, Bia acumulou uma série de vitórias impressionantes, incluindo um título mundial de peso-leve da Federação Internacional de Boxe, conquistado em 2024 ao derrotar a argentina Yanina Lescano.

    A trajetória de Bia Ferreira é um testemunho de talento, trabalho duro e resiliência. Com 151 vitórias em 160 lutas disputadas e um legado de medalhas e títulos, ela não só se estabeleceu como a maior medalhista do boxe olímpico brasileiro, mas também como uma inspiração para jovens atletas em todo o mundo.

    Apesar de se despedir do boxe olímpico, Bia Fereira continua sua carreira profissional, levando consigo o espírito de determinação e paixão que sempre a caracterizou.

    spot_img
    spot_img

    últimos posts

    spot_imgspot_img

    Veja mais