Leomon Moreno Brilha na Vitória Contra a China; Seleção Feminina Fica em Quarto Lugar
Golbol garantiu mais uma medalha para o Brasil nas Paralimpíadas de 2024, com a vitória de 5 a 3 sobre a China, conquistando o bronze no masculino.
A equipe brasileira, que havia conquistado o ouro em Tóquio 2021, voltou ao pódio em Paris. O destaque da partida foi Leomon Moreno, que marcou três dos cinco gols e alcançou sua segunda medalha paralímpica.
Após a derrota para a Ucrânia na semifinal, os brasileiros entraram focados e abriram o placar com Leomon ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, ampliaram a vantagem para 4 a 0, mas os chineses reagiram, diminuindo a diferença. No entanto, a seleção brasileira manteve a calma e garantiu a vitória.
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Essa é a quarta medalha consecutiva do Brasil na modalidade, com conquistas anteriores em Londres 2012 (prata), Rio 2016 (bronze) e Tóquio 2021 (ouro).
Derrota no feminino No torneio feminino, as brasileiras foram derrotadas pela China por 6 a 0 na disputa pelo bronze. Wang Chunyan brilhou com quatro gols, três deles em pênaltis, e garantiu a vitória da China.
O Brasil terminou em quarto lugar pela terceira vez consecutiva, repetindo o desempenho de Tóquio 2021 e Rio 2016.
A História do Golbol: A Evolução de um Esporte Paralímpico
O golbol, um esporte exclusivo para pessoas com deficiência visual, nasceu na Europa após a Segunda Guerra Mundial como uma forma de reabilitação para veteranos com deficiências.
Criado em 1946 por Hans Lorenzen e Sepp Reindle, o golbol surgiu na Alemanha com o objetivo de proporcionar uma atividade física que pudesse ser praticada por pessoas cegas ou com baixa visão, promovendo tanto a recuperação física quanto a integração social.
O jogo é jogado em uma quadra de 9 metros por 18 metros, com três jogadores de cada lado. A bola, que é equipada com sinos no seu interior, permite que os atletas localizem-na pelo som.
Os jogadores usam protetores nos olhos para garantir que a competição seja justa e que todos os participantes estejam em condições semelhantes de visão. O objetivo é marcar gols ao arremessar a bola na meta adversária, enquanto os jogadores defensivos se posicionam para bloquear os ataques usando o corpo e os braços.
A dinâmica do golbol é única, envolvendo táticas de posicionamento e comunicação acústica. Os atletas precisam confiar nos sons da bola e nos movimentos de seus adversários para coordenar suas ações.
Essa necessidade de comunicação não-verbal desenvolve uma compreensão profunda do espaço e da coordenação, promovendo habilidades que vão além do esporte.
O golbol ganhou reconhecimento internacional nas décadas seguintes à sua criação. Em 1976, o esporte foi incluído nos Jogos Paralímpicos de Toronto, marcando um passo importante na sua aceitação e promoção global.
Desde então, o golbol tem sido um componente fixo dos Jogos Paralímpicos de Verão, demonstrando o crescimento e a importância do esporte no cenário paralímpico.
A Federação Internacional de Golbol (IBSA) é a entidade responsável pela regulamentação do esporte e pela organização de competições internacionais. Sob a sua liderança, o golbol se expandiu para incluir campeonatos mundiais e continentais, promovendo uma maior inclusão e visibilidade para os atletas com deficiência visual.
Os torneios são realizados em todo o mundo, incentivando o desenvolvimento e a popularização do esporte em diversas regiões.
A prática do golbol não apenas oferece aos atletas uma oportunidade para competir e se destacar em um esporte adaptado, mas também promove a integração social e a construção de uma rede de apoio entre pessoas com deficiência visual.
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Além de ser uma atividade esportiva, o golbol desempenha um papel crucial na inclusão e na conscientização sobre as habilidades e desafios enfrentados por pessoas com deficiências.
No Brasil, o golbol tem ganhado popularidade e reconhecimento. O país tem uma tradição crescente no esporte, com equipes competindo em nível nacional e internacional. A inclusão do golbol nas escolas e centros de treinamento contribui para a formação de novas gerações de atletas, enquanto eventos e competições locais ajudam a divulgar e expandir o interesse pelo esporte.
A história do golbol é um testemunho da resiliência e da inovação no esporte adaptado. Desde suas origens como um meio de reabilitação para veteranos de guerra até sua atual posição como um esporte paralímpico de destaque, o golbol continua a evoluir e a inspirar.
Ao proporcionar uma plataforma para que pessoas com deficiência visual possam competir e se expressar, o golbol não apenas desafia as limitações físicas, mas também promove uma mensagem poderosa de inclusão e igualdade no esporte.