Pela primeira vez na história, equidade de gênero de atletas em Olimpíadas é alcançada
Paris 2024 entrará para a história como a primeira Olimpíada a celebrar a equidade de gênero, com 5.250 atletas de cada gênero competindo. Este marco é também um momento de orgulho para o Brasil, que, pela primeira vez, enviará mais mulheres do que homens aos Jogos, refletindo avanços significativos no esporte feminino.
Com 163 vagas já garantidas para o Brasil, as mulheres lideram com 101 posições, contra 47 masculinas e 15 neutras em gênero. Este feito histórico destaca o crescente investimento e reconhecimento do talento feminino no esporte, desde a atuação em modalidades coletivas até conquistas individuais marcantes.
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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem intensificado esforços para promover a igualdade de gênero no esporte. Desde 2022, a área de Mulheres no Esporte trabalha para integrar iniciativas de equidade em diversas modalidades, reforçando a importância deste pilar no esporte nacional e global.
O COB, reconhecendo o potencial do esporte feminino, aumentou significativamente o número de projetos voltados para mulheres, investindo mais de R$ 1,3 milhão. A iniciativa visa não apenas melhorar a representatividade feminina nas competições, mas também apoiar o desenvolvimento de treinadoras, crucial para o avanço contínuo do esporte feminino no Brasil.
Desde a participação solitária de Aída dos Santos em 1964 até um número expressivo de 141 atletas femininas em Tóquio 2020, a evolução da presença feminina nas Olimpíadas é notável.
No Pan de Santiago, as atletas brasileiras alcançaram um feito histórico ao superar o número de medalhas conquistadas pelos homens, com 33 ouros e 95 medalhas no total. Além disso, três mulheres se destacaram como multi medalhistas da delegação, demonstrando a excelência e versatilidade do talento feminino no esporte.
O Brasil conta com mulheres como principais esperanças de medalhas para Paris 2024, incluindo ícones como Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Ana Marcela Cunha. Destaca-se a classificação da dupla Duda e Ana Patrícia, no vôlei de praia, e de Georgia Furquim Bastos, no tiro esportivo, simbolizando a força do esporte feminino brasileiro.
A predominância feminina entre os atletas brasileiros é em grande parte devido ao sucesso nos esportes coletivos. Equipes de rúgbi, handebol e futebol feminino já garantiram sua vaga, enquanto suas contrapartes masculinas ainda enfrentam desafios para se classificar. Esse cenário destaca o potencial e a força das atletas brasileiras em competições internacionais.
Paris 2024 promete ser um marco para o esporte feminino, com ações planejadas para destacar a presença e o sucesso das mulheres. Nomear instalações com nomes femininos e encerrar os jogos com a maratona feminina são apenas algumas das iniciativas que simbolizam essa mudança. Taciana Pinto expressa otimismo quanto ao futuro do esporte feminino, com expectativas de melhores resultados e maior representatividade em Paris.