sexta-feira, outubro 11, 2024
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    Ana Maria Braga revela detalhes sobre câncer devido ao HPV

    Ana Maria Braga relata luta contra o câncer devido ao HPV, destacando a relevância da prevenção

    O vírus do Papilomavírus Humano (HPV), conhecido por ser uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns, está diretamente associado a diversos tipos de câncer, incluindo o de colo do útero, garganta e região anal.

    A apresentadora Ana Maria Braga, que enfrentou o câncer relacionado ao HPV, ressalta a importância da conscientização sobre esta condição, que não deve carregar o peso da culpa, especialmente entre as mulheres sexualmente ativas.

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    O Diagnóstico Assustador

    A descoberta e o diagnóstico precoce são fundamentais, como lembra Ana Maria Braga, que só veio a entender a gravidade de sua situação quando o câncer já estava em um estágio avançado.

    Em 2001, Ana Maria Braga recebeu o segundo diagnóstico de câncer. O vírus do HPV estava envolvido, mas ela não tinha informações suficientes sobre ele na época. “Era proveniente do HPV. Não tinha a mínima informação”, relata a apresentadora.

    “Quando eu consegui descobrir o que eu tinha, ele já estava adiantado. E aí eu tinha uma chance mínima de sobrevivência. Então, é muito assustador”, relata.. Essa realidade destaca a urgência de disseminar informações e facilitar o acesso à vacinação, uma medida preventiva crucial contra o HPV.

    Desmistificando a Culpa

    Ana Maria enfatiza que não devemos nos sentir culpados por termos câncer. A sexualidade é natural e faz parte da vida humana. “Você não tem culpa. Porque você é uma mulher sexualmente ativa. Você é mãe, não tem como ser mãe sem ser sexualmente ativa. A sexualidade deve ser encarada com naturalidade”, destaca.

    Baixa adesão da vacina

    No Brasil, apesar da disponibilidade da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) há dez anos, a adesão ainda é consideravelmente baixa. Isso é preocupante, pois a vacinação é uma das maneiras mais eficazes de prevenir não apenas o câncer relacionado ao HPV, mas também a transmissão do vírus.

    A Escócia, por exemplo, conseguiu zerar os casos de câncer de colo de útero relacionados ao HPV, um feito notável que destaca o potencial da vacinação.

    A baixa adesão à vacina no Brasil é atribuída à desinformação e ao estigma em torno do HPV, especialmente porque está associado à atividade sexual. Mitos e notícias falsas sobre os efeitos da vacina têm contribuído para o medo e hesitação em se vacinar, especialmente entre os jovens e seus pais.

    A Importância da Prevenção

    Profissionais de saúde e educadores, como a psicóloga e educadora sexual Leiliane Rocha, têm trabalhado para mudar essa percepção, enfatizando que a educação sexual e a vacinação são essenciais para uma vida saudável e segura.

    É fundamental abordar o sexo e a sexualidade de maneira aberta e informativa, promovendo o respeito pelo próprio corpo e pelo dos outros.

    A vacina é recomendada para pessoas de 9 a 14 anos e para imunossuprimidos. No entanto, há doses sobrando nos postos. Além disso, a vacina também pode ser obtida na rede privada, com custo de cerca de R$ 1 mil por dose.

    O Ministério da Saúde do Brasil tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal para além dos 80%, mas enfrenta o desafio de incentivar a população a completar o esquema vacinal, que consiste em duas doses. A primeira dose tem visto uma adesão maior, mas muitos não retornam para a segunda, crucial para a eficácia da prevenção.

    O HPV não se limita à transmissão sexual; outras formas de contato, como o uso compartilhado de objetos e superfícies contaminadas, também podem levar à infecção. Esse amplo espectro de transmissão ressalta a importância da vacinação como medida preventiva, não apenas para quem é sexualmente ativo, mas para a população em geral.

    A luta contra o HPV e o câncer relacionado no Brasil é multifacetada, envolvendo a superação da desinformação, a promoção da vacinação e a adoção de uma abordagem aberta e educativa sobre a sexualidade.

    Histórias como a de Ana Maria Braga servem como um poderoso lembrete da realidade do HPV e da importância de enfrentá-lo com conhecimento, compaixão e ação. Juntos, podemos transformar o cenário da saúde pública e proteger as futuras gerações de doenças evitáveis.

    O câncer e o HPV não devem ser um tabu, e a prevenção é a melhor arma contra essa doença. Seja consciente, cuide de sua saúde e compartilhe conhecimento para proteger a si mesmo e aos outros.

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