sábado, dezembro 21, 2024
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    Surto de Covid-19 preocupa no Norte e Nordeste do Brasil

    Boletim da Fiocruz destaca tendência ascendente em estados dessas regiões

    Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19 estão em alta nos estados do Norte e Nordeste, revela o recente boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esta tendência contrasta com a situação do Centro-Sul, onde a indicação é de declínio nos casos.

    O aumento tardio da Covid-19 nas regiões Norte e Nordeste é explicado pelo pesquisador Marcelo Gomes, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenador do InfoGripe. Ele observa que o Norte foi afetado mais lentamente pelo crescimento da Covid-19 ocorrido no segundo semestre de 2023 no restante do país.

    A análise, baseada nos dados da semana de 21 a 27 de janeiro e nas seis semanas anteriores até 29 de janeiro, inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), destaca a importância da SRAG como parâmetro para monitorar a incidência de vírus respiratórios, incluindo o SARS-CoV-2 e o Influenza.

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    O boletim destaca o crescimento da SRAG por Covid-19 em estados como Amapá, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Tocantins. Em contrapartida, Alagoas e Rio Grande do Norte apresentam uma interrupção na tendência de crescimento.

    A incidência e mortalidade por Covid-19 nas últimas oito semanas impactam principalmente crianças até 2 anos e a população a partir de 65 anos, segundo a Fiocruz. Marcelo Gomes ressalta que, enquanto a incidência de SRAG é mais elevada em crianças até dois anos, a mortalidade é mais significativa na população a partir de 65 anos.

    No atual ano, foram registrados 4.240 casos de síndrome respiratória aguda grave, sendo 35% causados por vírus respiratórios. Dentre esses casos virais, dois terços são resultado de infecções pelo SARS-CoV-2.

    Histórico da Covid-19 no Brasil

    Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre múltiplos casos de pneumonia em Wuhan, na província de Hubei, China. Esses casos intrigantes revelaram-se como uma nova cepa de coronavírus, previamente desconhecida em seres humanos.

    A confirmação oficial desse novo coronavírus ocorreu uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, pelas autoridades chinesas. Os coronavírus, tradicionalmente associados a resfriados comuns, tinham uma história de causar doenças menos graves em humanos até recentemente.

    Até agora, identificamos sete tipos de coronavírus humanos (HCoVs), incluindo HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (causador da síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (responsável pela síndrome respiratória do Oriente Médio) e o mais recente, o novo coronavírus (inicialmente chamado de 2019-nCoV e oficialmente denominado SARS-CoV-2 em 11 de fevereiro de 2020), que provoca a doença COVID-19.

    Desde o primeiro alerta, a OMS tem trabalhado em colaboração com autoridades chinesas e especialistas globais para compreender mais profundamente o vírus, seus impactos nas pessoas doentes, possíveis tratamentos e as medidas que os países podem adotar em resposta.

    Na América, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem fornecido apoio técnico aos países, orientando a manutenção de sistemas de vigilância eficazes, prontos para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

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