quinta-feira, setembro 19, 2024
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    Taxa de desemprego sobe a 7,9% no trimestre terminado em março: O que isso significa para o mercado de trabalho?

    A taxa de desemprego no Brasil atinge 8,6 milhões de pessoas, mostrando um aumento em relação ao trimestre anterior

    No trimestre encerrado em março, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,9%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que estava em 7,4%.

    No mesmo período do ano anterior, a taxa era de 8,8%. Apesar do aumento, o resultado do primeiro trimestre deste ano é o melhor desde 2014, quando registrou 7,2%, e ficou abaixo das projeções do mercado financeiro, que esperava 8,1%.

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    O número absoluto de desempregados aumentou em 6,7% em comparação com o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 8,6%.

    A população ocupada registrou uma queda de 0,8% no primeiro trimestre de 2024, totalizando 100,2 milhões de pessoas. No entanto, no acumulado do ano, houve um aumento de 2,4%, o que representa mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.

    O aumento da taxa de desemprego foi influenciado pela redução na ocupação, um padrão sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano, de acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.

    O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar foi estimado em 57%, apresentando uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,9 ponto percentual.

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    A quantidade de pessoas na força de trabalho, que é a soma de ocupados e desocupados, teve um aumento de 1,5%, totalizando 108,8 milhões. Enquanto isso, a população fora da força de trabalho permaneceu estável em relação ao período anterior, totalizando 66,9 milhões.

    Dentre os destaques da pesquisa, destacam-se os números relacionados ao mercado de trabalho formal. O emprego com carteira assinada manteve-se em patamares positivos, com um recorde histórico de 37,984 milhões de empregados neste grupo. Por outro lado, houve uma redução leve no emprego sem carteira assinada, que o IBGE considera estável, e uma diminuição no número de trabalhadores informais.

    No que diz respeito aos rendimentos, o rendimento real habitual teve um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 3.123. Enquanto isso, a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 308,3 bilhões, mantendo-se estável em comparação com o trimestre anterior e apresentando um crescimento de 6,6% na comparação anual.

    História do Desemprego no Brasil

    O desemprego é um fenômeno que acompanha a história econômica do Brasil ao longo dos anos, refletindo períodos de crescimento e recessão, bem como mudanças nas políticas governamentais e na estrutura do mercado de trabalho.

    Durante grande parte do século XX, o Brasil experimentou altos níveis de desemprego estrutural, especialmente em decorrência de crises econômicas e instabilidades políticas. A industrialização acelerada, iniciada na década de 1930, trouxe consigo um processo de urbanização e migração do campo para as cidades, aumentando a oferta de mão de obra e contribuindo para a formação de bolsões de desemprego.

    Na década de 1980, o país enfrentou uma crise econômica profunda, marcada por hiperinflação, endividamento externo e estagnação do crescimento. Esse período ficou conhecido como a “Década Perdida”, durante a qual o desemprego atingiu níveis alarmantes, afetando milhões de brasileiros e gerando instabilidade social.

    Com o advento do Plano Real em 1994 e a estabilização da economia, houve uma melhoria temporária no mercado de trabalho, com a criação de empregos formais e uma redução temporária nas taxas de desemprego. No entanto, essa estabilidade foi abalada por crises econômicas subsequentes e por políticas de ajuste fiscal que impactaram negativamente o emprego e a renda da população.

    Ao longo das últimas décadas, o desemprego no Brasil tem sido um desafio persistente, afetando especialmente os jovens, as mulheres e os trabalhadores menos qualificados. A falta de investimentos em educação, capacitação profissional e políticas de emprego têm contribuído para a perpetuação desse problema, tornando necessário o desenvolvimento de estratégias abrangentes para enfrentar o desemprego e promover o crescimento econômico inclusivo.

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