quinta-feira, setembro 19, 2024
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    O dólar teve um aumento rápido de R$ 5 para R$ 5,26 em um período de sete dias; investigue os fatores subjacentes que contribuíram para esse aumento significativo

    O dólar americano se fortalece em relação ao real brasileiro devido às tensões no Oriente Médio, preocupações com as taxas de juros nos Estados Unidos e ajustes fiscais no Brasil

    Na terça-feira (16), as taxas do dólar comercial continuaram sua quinta sessão consecutiva de ganhos, atingindo altas não vistas em mais de um ano e retornando aos níveis de março de 2023. Esse aumento foi impulsionado pelo fortalecimento generalizado do dólar dos EUA globalmente, alimentado pelas reações dos investidores à expectativa de taxas de juros altas prolongadas nos EUA e às tensões no Oriente Médio. Além disso, preocupações com o equilíbrio fiscal do Brasil foram um fator contribuinte após o anúncio do governo de uma redução na meta fiscal para 2025.
    A taxa de câmbio atual está como a segunda mais alta desde os primeiros dias do atual mandato do Presidente Lula, ficando atrás apenas do pico observado em janeiro de 2023, quando a moeda atingiu a faixa de R$5,45.
    Embora o dólar tenha subido significativamente durante a sessão, o Banco Central optou apenas por monitorar as transações sem realizar leilões adicionais de swap cambial ou realizar vendas de dólares com compromissos de recompra. Em anos anteriores, tais medidas foram empregadas pela instituição para mitigar a volatilidade. A Reuters relata que os operadores de mercado estão agora contemplando a possibilidade de o Banco Central intervir novamente na taxa de câmbio, semelhante às suas ações no início do mês.

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    Em 2023, o dólar dos EUA experimentou uma queda de 8,06% durante o primeiro ano da administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa queda desempenhou um papel significativo no controle da inflação e marcou o início de um ciclo de redução da taxa de juros.
    No entanto, a trajetória mudou no início de 2024. Atualmente, o dólar acumulou ganhos de 8,60% contra o real, especialmente impulsionado pelas altas desta semana.
    Três fatores, a saber, migração de investimentos para os Estados Unidos e ajustes nas contas do governo brasileiro, contribuem para explicar a desvalorização da moeda brasileira nesta semana. Os três fatores são Piora das expectativas sobre cortes nas taxas de juros dos EUA, Escalada de conflitos entre Irã e Israel, Mudança na meta fiscal anunciada pelo governo brasileiro.

    Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?

    O dólar comercial encerrou com alta de 1,64%, alcançando R$5,269 para compra e R$5,270 para venda. Atingiu o pico próximo a R$5,29, chegando a R$5,287. Ao longo de cinco dias úteis, a moeda registrou um aumento de 5,23% em relação ao real. Até as 17h39, o contrato futuro de dólar do primeiro mês avançou 1,72%, alcançando 5.284 pontos.

    Dolár comercial:

      • Venda do: R$5,267
      • Compra: R$5,266
      • Máximo: R$5,287
      • Mínimo: R$5,199

    Dólar turismo:

      • Venda: R$ 5,48
      • Compra: R$ 5,30

    Previsões sobre as taxas de juros nos Estados Unidos

    Novos dados sobre o robusto mercado de trabalho dos EUA e a inflação acelerada, após a última decisão do Federal Reserve, levaram à relutância do Banco Central dos EUA em reduzir as taxas de juros. Essa hesitação contribui para um real fortalecido em relação ao dólar quando as taxas de juros dos EUA caem, atraindo investidores para títulos do Tesouro dos EUA mais seguros. Como resultado, moedas emergentes como o real experimentam uma apreciação mais pronunciada do dólar à medida que os investidores priorizam investimentos mais seguros nos EUA, levando a uma maior valorização da moeda americana no Brasil. Além disso, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA superando as expectativas do mercado provocou quedas nas bolsas de valores globais, incluindo Wall Street e vários índices europeus, levando a um aumento do valor do dólar no Brasil de R$5,0070 para R$5,0774 e depois para R$5,1212 até o final da semana.

    Aumento de problemas entre Irã e Israel

    Durante o fim de semana, a situação se intensificou quando o Irã lançou um ataque de míssil e drone contra Israel, supostamente em resposta a um suposto ataque israelense à embaixada iraniana na Síria. O mundo está agora preocupado com a possibilidade de retaliação israelense, o que poderia agravar os conflitos no já tenso Oriente Médio, onde Israel já entrou em conflito com o grupo terrorista Hamas.
    Conflitos crescentes muitas vezes levam os investidores a buscar refúgio no dólar dos EUA, visto como um ativo mais seguro. Isso impulsiona o valor do dólar e pode consequentemente desvalorizar moedas emergentes. A resposta imediata do mercado foi evidente na segunda-feira, com o dólar disparando para R$5,18. A área é uma importante produtora de petróleo, impactando os preços globais das commodities. O aumento preocupa a política de preços da Petrobras, pois pode influenciar os preços dos combustíveis no Brasil. Apesar disso, a empresa tem se abstido de ajustes desde a mudança de sua política de preços em maio do ano passado.

    Ajustes na meta fiscal

    A recente alta do dólar está ligada a mudanças na perspectiva fiscal do país, passando de um superávit projetado para um déficit zero. Esse ajuste permite mais gastos em meio a desafios de receita. Com metas fiscais mais flexíveis, os investidores percebem perspectivas reduzidas de controle da dívida, aumento do risco de calote e diminuição da atratividade em comparação com países mais seguros. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a necessidade de políticas monetárias e fiscais alinhadas. Os economistas revisaram a projeção da taxa Selic, refletindo expectativas de futuros aumentos da taxa, o que pode prejudicar o crescimento econômico.

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