Evento reunirá líderes das principais economias para temas globais
Pela primeira vez, o Brasil será o anfitrião da Cúpula do G20, o encontro anual que reúne líderes das 20 maiores economias do mundo. A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar o evento, que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, com programações paralelas a partir do dia 14.
A cúpula deste ano traz para o centro das atenções temas fundamentais como o combate à fome, mudanças climáticas e a necessidade de uma governança global mais inclusiva.
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O que é o G20 e como ele funciona?
O Grupo dos Vinte, conhecido como G20, é uma organização internacional criada para facilitar a cooperação entre as maiores economias do mundo. Fundado no final dos anos 1990 após a crise financeira asiática, o G20 se estabeleceu como um fórum crucial para o debate de políticas econômicas globais.
No entanto, o grupo ganhou ainda mais relevância após a crise de 2008, quando as nações começaram a realizar reuniões anuais de cúpula para discutir temas que afetam o crescimento e a estabilidade econômica mundial.
Composto por 19 países e a União Europeia, o G20 não possui poder legislativo, o que significa que não aprova leis ou regulamentações vinculativas. No entanto, os membros firmam compromissos voluntários e discutem políticas que podem orientar os rumos econômicos e sociais de suas nações.
Assim, o G20 funciona com base na confiança e na expectativa de que seus membros cumpram os compromissos firmados.
A cúpula no Rio de Janeiro e as delegações presentes
A reunião de 2024 será realizada nos dias 18 e 19 de novembro, e o Rio de Janeiro se prepara para receber 55 delegações de 40 países e 15 organismos internacionais. Entre os líderes confirmados estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, dois dos principais líderes globais.
Contudo, Vladimir Putin, da Rússia, não estará presente e será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov. O evento será acompanhado de um conjunto de programações paralelas, como o G20 Social, o Urban 20 (focado em cidades) e o Aliança Global Festival, que começam no dia 14 e prometem movimentar a cidade.
Prioridades do Brasil na presidência do G20
Sob a liderança brasileira, o G20 deste ano terá foco em três prioridades principais: o combate à fome e à desigualdade, a transição energética sustentável e uma governança global mais inclusiva.
Esses temas foram escolhidos em um momento crucial para a política internacional, em que a desigualdade econômica e os desafios ambientais demandam ações coordenadas.
Combate à fome e à desigualdade: Um dos objetivos centrais da presidência brasileira é a criação da Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa para intensificar esforços globais no combate à insegurança alimentar e à pobreza extrema. O Brasil quer que os países membros estabeleçam metas tangíveis para reduzir a fome e a desigualdade social.
Mudanças climáticas e transição energética: A luta contra as mudanças climáticas e a busca por uma transição energética justa são outros pontos de destaque na pauta brasileira. Em um mundo cada vez mais impactado pelos eventos climáticos extremos, o Brasil defende uma política de sustentabilidade que seja inclusiva, garantindo que países emergentes possam implementar mudanças sem comprometer seu desenvolvimento econômico.
Nova governança global: O Brasil também propõe um debate sobre a inclusão de países emergentes em instituições internacionais como a ONU, em busca de uma governança que represente melhor a diversidade econômica e social do mundo atual.
O papel dos “sherpas” e a declaração final
Os “sherpas”, representantes designados pelos líderes das nações, têm o papel de coordenar as negociações e estruturar a declaração final que será assinada pelos líderes no Rio de Janeiro.
Esse documento não terá poder legal, mas terá compromissos voluntários que devem orientar as políticas dos países membros. Além dos temas prioritários, a declaração também deverá incluir menções aos conflitos atuais, como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, com um pedido pela paz.
Impacto e desafios do G20 no Brasil
Embora o G20 não tenha poder legislativo, suas decisões e compromissos têm um peso simbólico e prático significativo. As recomendações e diretrizes firmadas durante a cúpula podem influenciar as políticas públicas de diversos países, e o Brasil, ao sediar o evento, ganha destaque no cenário global.
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A cúpula representa uma oportunidade para o Brasil fortalecer laços com grandes economias e posicionar-se como líder nas discussões sobre desigualdade e meio ambiente.
Ao assumir a liderança no G20, o Brasil também se depara com o desafio de inspirar a confiança de que os compromissos estabelecidos terão continuidade, mesmo em meio a mudanças políticas.
O impacto final dependerá da disposição dos países para traduzir as palavras da cúpula em ações concretas que beneficiem a população global, promovendo paz, prosperidade e sustentabilidade.