terça-feira, novembro 12, 2024
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    Gabriel Attal, o mais jovem Primeiro-Ministro da França e pioneiro na Liderança LGBTQ+

    Explorando a Ascensão de Gabriel Attal e a Mudança Histórica na Política Francesa com a Renúncia de Élisabeth Borne

    Um jovem de 34 anos, abertamente gay e que relata ter enfrentado bullying durante a adolescência, assumiu nesta terça-feira (9) o segundo cargo mais importante na França. Gabriel Attal, ex-ministro da Educação, foi nomeado primeiro-ministro do país pelo presidente Emmanuel Macron, contrariando as principais previsões.

    A nomeação de Attal, em substituição a Élisabeth Borne, que renunciou ao cargo na segunda-feira (8), torna o jovem político o primeiro-ministro mais jovem da história da França. No sistema semipresidencialista francês, onde o presidente desempenha um papel dominante, o cargo de primeiro-ministro é mais burocrático, com protagonismo político limitado. No entanto, a nomeação de Attal atraiu atenção inesperada para a função.

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    Apesar do anúncio surpreendente, o jovem político já era uma figura conhecida na França. Após dois anos como porta-voz do Palácio do Eliseu, ele assumiu o Ministério da Educação em 2023. Em poucos meses, tornou-se o político mais popular da França, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo instituto francês Ipsos.

    A popularidade de Attal surgiu a partir de propostas polêmicas no setor educacional. Sua primeira medida no cargo foi proibir o uso do vestido muçulmano abaya nas escolas públicas, conquistando a simpatia de eleitores conservadores que viam com desconfiança o ministro de inclinação política à esquerda.

    Polêmicas e Trajetória: Gabriel Attal Assume o Desafio de Reformular o Governo Francês

    Em outra proposta que gerou controvérsias, Attal implementou um projeto piloto para padronizar os uniformes de todos os alunos das escolas públicas na França, que antes tinham liberdade de escolha em suas vestimentas. O argumento do novo primeiro-ministro é que o uniforme reduziria as chances de bullying.

    O próprio Attal revelou em uma entrevista na TV pública francesa que sofreu bullying na adolescência, o que lhe garantiu mais apoio. Segundo ele, a perseguição ocorreu devido à sua orientação sexual em uma das escolas privadas mais prestigiadas de Paris, a l’Ecole Alsacienne.

    Apesar de sua idade, a carreira política de Attal já se estende por quase duas décadas. Aos 17 anos, ingressou no Partido Socialista francês, tornando-se parte da equipe do Ministério da Saúde aos 23, durante o governo do socialista François Hollande.

    Antes dos 30 anos, Attal fez uma guinada em sua carreira política. Atraído pelas ideias liberais do então candidato à presidência, Emmanuel Macron, um ex-banqueiro, decidiu migrar para o recém-criado partido de Macron, o En Marche (atual Renaissance), onde se tornou deputado.

    Na mesma época, anunciou a união civil com o então líder do partido de Macron, Stéphane Séjourné. Embora a imprensa francesa especule sobre uma possível separação, os dois nunca se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.

    A partir desta terça-feira, Attal foi encarregado de nomear todo o novo gabinete do governo francês ao lado de Emmanuel Macron. Enfrentando críticas e perda de apoio no Parlamento após sua reeleição em 2022, Macron decidiu uma reformulação total de seu governo.

    Attal construiu sua carreira no Partido Socialista, mas sempre se declarou admirador de Macron, que adotou políticas conservadoras, especialmente nas áreas de segurança e imigração.

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