O Presidente da Argentina participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça
Durante o Fórum Econômico de Davos, Javier Milei afirma que deseja continuar a manter uma relação madura e empresarial com o Brasil. Ele também mencionou que manter um relacionamento maduro implica “sustentar as colaborações empresariais e lutar coletivamente para ingressar na OCDE”.
A declaração foi emitida em resposta a uma pergunta de Bianca Rothier, repórter da GloboNews, sobre a situação do relacionamento com o governo brasileiro. Milei, uma ultraliberal, obteve durante a campanha o apoio de Jair Bolsonaro, ex-presidente e adversário político de Lula.
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Milei discursou na reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos, defendendo o libertarianismo e a redução drástica do papel do Estado. Ele também expressou críticas pelo que considera ser uma tendência global ao “coletivismo” entre os líderes mundiais, alertando que isso poderia comprometer os interesses do Ocidente.
Presente em Davos, Javier Milei afirmou que o que ele chamou de “socialismo” apenas levou a Argentina à pobreza. Também afirmou que o capitalismo de livre mercado era o único sistema capaz de promover uma prosperidade genuína, não só para a Argentina, mas também para outras nações.
A situação na Argentina serve como uma ilustração prática de que, independentemente da riqueza ou dos recursos naturais abundantes, e independentemente da quantidade de reservas de ouro no banco central, a implementação de medidas que impedem o livre funcionamento dos mercados, dificultam a concorrência, perturbam os sistemas de preços, minar o comércio ou atacar a propriedade privada conduz inevitavelmente à pobreza.
No dia 29 de dezembro, o governo argentino anunciou que não participa do BRICS. A inclusão da Argentina nos BRICS foi confirmada durante a cúpula do bloco em agosto, realizada em Joanesburgo, na África do Sul. Naquela época, o país era liderado por Alberto Fernández. A menos que Milei reverta esta decisão, a Argentina deverá aderir ao BRICS em janeiro de 2024.