Áudios Exclusivos Revelam Desespero após Acidente Fatal com Porsche em São Paulo
Novos detalhes emergem sobre o trágico acidente ocorrido em São Paulo, onde um Porsche se envolveu em uma colisão fatal. O Jornal Nacional teve acesso exclusivo aos áudios das primeiras chamadas ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) logo após o incidente, revelando o drama e a confusão envolvendo as vítimas e testemunhas.
As gravações refletem o desespero das testemunhas diante da tragédia. “Eu preciso urgente, urgente de ambulância. Marcus, calma, olha para mim. Olha para mim, Marcus”, apela Juliana, identificada como a namorada de Marcus Vinícius Rocha, passageiro do veículo que provocou o acidente. O condutor, Fernando Sastre, de 24 anos, colidiu na traseira de outro carro, resultando na morte do motorista de aplicativo Ornaldo Viana dos Santos, de 52 anos.
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Ao todo, três pessoas ficaram feridas, e Juliana relata a gravidade da situação: “São três vítimas, mas uma aparentemente está bem e as outras duas estão mal”. Em uma segunda ligação ao Samu, ouve-se o momento em que uma mulher chamada Dani chega ao local, enquanto Juliana tenta acalmar a situação.
A polícia informou que Fernando Sastre fugiu do local do acidente junto com sua mãe, Daniela, alegando a necessidade de levá-lo ao hospital devido a um ferimento na boca. Fernando reapareceu 38 horas depois, sem ferimentos aparentes, e foi indiciado por homicídio com dolo eventual, por fugir do local e por lesão corporal.
O relato de Marcus Vinicus Rocha, internado há 12 dias, contradiz a versão apresentada por Fernando e sua namorada à polícia. Enquanto Marcus afirmou que o motorista estava alterado devido ao consumo de bebidas alcoólicas, Fernando negou ter ingerido álcool naquela noite. A Justiça negou o pedido de prisão de Fernando Sastre.
Saiba quem é o motorista do Porshe de R$ 1,3 milhão que bateu em carro
O acidente trágico na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste, envolvendo o Porsche 911 Carrera GTS conduzido por Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, tem gerado grande comoção e debate público. Fernando, um empresário e sócio de uma construtora renomada, estudou engenharia em uma universidade particular em São Paulo, adicionando uma camada complexa à narrativa.
O veículo, um Porsche azul 911 Carrera GTS do ano de 2023, é avaliado em mais de R$ 1,3 milhão de acordo com a tabela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Além de sua impressionante avaliação financeira, o carro é reconhecido por sua potência e desempenho excepcionais, capaz de atingir velocidades superiores a 300 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em meros 3 segundos.
No entanto, a tragédia deixou o luxuoso automóvel parcialmente destruído, sem qualquer cobertura de seguro para lidar com os danos. O carro, pertencente à empresa da família do motorista, a F. Andrade, é dirigida por seu pai, Fernando Sastre de Andrade. A F. Andrade é uma empresa estabelecida no comércio de materiais para construção, especializada na distribuição de ferro e aço para projetos na construção civil, conforme registros da Receita Federal.
O incidente, capturado por câmeras de segurança, além de trazer à tona questões sobre segurança no trânsito e responsabilidade dos motoristas, também levanta discussões sobre privilégio socioeconômico e suas ramificações em casos judiciais. O envolvimento de um jovem empresário bem-sucedido, associado a uma tragédia de proporções tão devastadoras, destaca a importância de um debate mais amplo sobre questões de segurança viária, equidade social e responsabilidade corporativa.
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O Renault Sandero branco EXP, fabricado em 2017 e dirigido por Ornaldo, representava um valor mais acessível, estimado em cerca de R$ 40 mil. Infelizmente, Ornaldo, um homem de 52 anos que estava sozinho no veículo, foi socorrido pelos Bombeiros após o acidente, porém, não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital Municipal do Tatuapé. A trágica colisão resultou na completa destruição da traseira do automóvel de Ornaldo, após ser atingido pelo Porsche.
Fernando, durante seu interrogatório com a Polícia Civil, admitiu que estava saindo de uma casa de pôquer na noite do acidente, acompanhado por um amigo. Ele alegou estar trafegando “um pouco acima do limite” de velocidade estabelecido para a via, que era de 50 km/h, mas não conseguiu informar aos policiais a velocidade exata em que estava dirigindo no momento da colisão.
Além de seu envolvimento em negócios familiares, Fernando é identificado como sócio em uma das empresas da família, a incorporadora Sastre Empreendimentos Imobiliários. Além disso, ele é listado como o único sócio da FF Andrade Serviços Administrativos. Segundo relatos à polícia, Fernando recebia um salário de R$ 15 mil como gerente em uma das empresas familiares, a F Andrade Ferro e Aço.
Fernando tem uma história acadêmica marcada por sua aprovação na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, há cinco anos. Ele iniciou seus estudos em engenharia civil na instituição, mas, de acordo com informações da universidade, não está matriculado lá desde 2021.