Fernando Sastre de Andrade Filho enfrenta denúncias de homicídio qualificado e lesão corporal após acidente em São Paulo
O Ministério Público (MP) moveu uma denúncia à Justiça contra o motorista do Porsche envolvido em um acidente fatal no último mês em São Paulo. O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho foi acusado de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade de dolo eventual. A promotora Monique Ratton, responsável pela denúncia, solicitou a prisão preventiva de Fernando, argumentando que ele poderia influenciar testemunhas caso permanecesse em liberdade.
O acidente ocorreu em 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste da cidade, e foi capturado por câmeras de segurança. O vídeo revelou que o Porsche estava transitando a 156,4 km/h quando colidiu com a traseira de um Sandero que seguia a 114,8 km/h. O limite de velocidade na via era de 50 km/h, e testemunhas afirmaram que Fernando havia consumido bebidas alcoólicas momentos antes do acidente.
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Monique Ratton acusa Fernando de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, citando que ele assumiu o risco de matar o motorista do Sandero, Ornaldo da Silva Viana. Além disso, o empresário teria ferido gravemente Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do passageiro do Porsche. Rocha sofreu fraturas costais, passou dez dias hospitalizado e precisou de cirurgias.
Embora a Polícia Civil tenha sugerido que Fernando fugiu do local do acidente, o MP considerou que ele deixou o local com a autorização da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência. Portanto, a Promotoria pede o arquivamento dessa acusação. As imagens das câmeras corporais dos policiais mostram conversas indicando que o empresário havia consumido álcool, mas ele foi dispensado sem fazer o teste do bafômetro.
A decisão sobre a prisão preventiva de Fernando agora cabe ao juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, que já negou dois pedidos anteriores de prisão contra o motorista. O MP argumenta que a prisão é necessária para evitar interferências nas investigações.
MP solicita investigação dos policiais militares envolvidos em caso de acidente fatal
A promotora encarregada do caso solicitou ao Ministério Público da Justiça Militar que investigasse se os policiais militares cometeram um crime ao permitirem que o acusado fosse levado ao hospital pela sua mãe, em vez de ser escoltado até a delegacia. A Corregedoria da PM já está analisando o comportamento dos agentes, e a Secretaria da Segurança Pública confirmou que eles cometeram um erro ao liberar o acusado sem submetê-lo ao teste do bafômetro.
Atualmente, o acusado está em liberdade, sujeito a medidas cautelares determinadas pela Justiça, incluindo o pagamento de fiança, a suspensão da carteira de motorista e a proibição de se aproximar das testemunhas. Se a denúncia apresentada pelo MP for aceita pela Justiça, o acusado se tornará réu no processo. A prisão preventiva também está sendo solicitada pela Promotoria, devido a alegações de coação de testemunhas e tentativa de interferência na investigação.
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O próximo passo, se a denúncia for aceita, será marcar uma audiência de instrução para ouvir as testemunhas e o acusado. Se houver indícios suficientes de crime, o caso será levado a júri popular. A Polícia Técnico-Científica está aguardando a conclusão do laudo sobre a reconstituição do acidente, que incluirá imagens obtidas por drone e scanner laser 3D.
A defesa do acusado optou por não comentar o assunto. Entretanto, a tragédia deixou uma profunda sensação de injustiça entre os familiares da vítima, como expresso pelo filho do motorista por aplicativo falecido em uma publicação recente nas redes sociais.