Resgate Dificultado em Área Remota; ONU Atualiza Número de Desaparecidos
Uma avalanche devastadora atingiu Papua-Nova Guiné na madrugada de sexta-feira (24), soterrando aproximadamente 2.000 pessoas, conforme atualizado pelo Centro Nacional de Desastres do país nesta segunda-feira (27).
A tragédia ocorreu na aldeia de Yambali, no norte do país, enquanto a maioria dos moradores dormia, destruindo mais de 150 casas com escombros de até dois andares de altura.
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As equipes de resgate têm enfrentado enormes desafios devido à localização remota e ao difícil acesso à área afetada. Moradores desesperados utilizam pás, paus e as próprias mãos para tentar resgatar sobreviventes.
Evit Kambu, um residente local, compartilhou a angústia de ter 18 membros de sua família soterrados sob os destroços.
Até o momento, a Organização Internacional para as Migrações da ONU (OIM) estima que 670 pessoas estejam desaparecidas.
Esforços de resgate são dificultados pela falta de equipamentos pesados e pela recepção irregular de sinal de celular.
A primeira escavadeira chegou ao local apenas na noite de domingo (26), quatro dias após o desastre.
Imagens de satélite revelam a extensão da destruição, evidenciando a necessidade urgente de assistência humanitária.
Apesar dos gritos por ajuda serem ouvidos sob os escombros, a difícil geografia e a demora na chegada de apoio aumentam o risco de que poucos sobreviventes sejam encontrados.
A História de Papua-Nova Guiné: Das Raízes Antigas à Independência Moderna
Papua-Nova Guiné, uma nação situada na Oceania, possui uma rica e diversificada história que abrange milênios.
Habitada por povos indígenas há mais de 50.000 anos, o país é conhecido por sua enorme diversidade cultural, com mais de 800 línguas faladas entre suas inúmeras tribos e comunidades.
Os primeiros habitantes de Papua-Nova Guiné chegaram à região muito antes da escrita, desenvolvendo culturas únicas baseadas na agricultura, caça e pesca.
A agricultura começou a florescer há cerca de 9.000 anos, com a domesticação de plantas como o inhame e a banana.
As comunidades desenvolveram complexas redes sociais e comerciais, e suas tradições orais preservaram a rica herança cultural que ainda hoje é visível.
O primeiro contato europeu com Papua-Nova Guiné ocorreu no século XVI, quando exploradores portugueses e espanhóis avistaram a ilha.
No entanto, foi só no século XIX que os europeus começaram a estabelecer presença na região.
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Em 1884, a Alemanha anexou a parte nordeste da ilha, criando a colônia da Nova Guiné Alemã, enquanto a Grã-Bretanha assumiu o controle da parte sudeste, chamada Papua.
Após a Primeira Guerra Mundial, a administração da Nova Guiné Alemã foi transferida para a Austrália, que já administrava Papua.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Papua-Nova Guiné tornou-se um campo de batalha crucial entre as forças Aliadas e o Japão, resultando em significativos impactos sociais e econômicos na região.
Após a guerra, Papua-Nova Guiné continuou sob administração australiana até meados do século XX. O movimento para a independência ganhou força na década de 1960, culminando na autonomia em 1973.
Finalmente, em 16 de setembro de 1975, Papua-Nova Guiné tornou-se uma nação independente.
Desde a independência, Papua-Nova Guiné tem enfrentado desafios significativos, incluindo instabilidade política, conflitos tribais e desenvolvimento econômico desigual.
No entanto, o país também tem feito progressos notáveis, explorando seus vastos recursos naturais e buscando fortalecer sua identidade nacional e coesão social.
Papua-Nova Guiné é conhecida por sua biodiversidade extraordinária e paisagens deslumbrantes, que incluem florestas tropicais, montanhas imponentes e ilhas paradisíacas. A cultura do país, marcada por danças tradicionais, músicas e arte, reflete a diversidade de suas muitas tribos e comunidades.
A história de Papua-Nova Guiné é uma tapeçaria complexa de antigas tradições indígenas e influências coloniais. Hoje, como uma nação independente, continua a enfrentar desafios enquanto celebra sua rica herança cultural e busca um futuro próspero para seu povo.