Líder russo exige retirada de tropas ucranianas para negociar fim da guerra
Nesta sexta-feira (14), o presidente russo, Vladimir Putin, classificou como “roubo” o uso dos rendimentos de ativos russos congelados pelo Ocidente para financiar um empréstimo de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões) à Ucrânia.
Esses fundos, segundo Vladimir Putin, serão utilizados para a compra de armas e a reconstrução do país em guerra.
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A decisão de utilizar os rendimentos dos ativos russos congelados foi anunciada na quinta-feira pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, durante uma reunião dos líderes do G7 na Itália.
O valor total dos ativos russos congelados pelos aliados ocidentais após a invasão de fevereiro de 2022 é estimado em quase 300 bilhões de euros (R$ 1,75 trilhão).
“Apesar de todas as trapaças, roubo continua sendo roubo e não ficará impune”, declarou Vladimir Putin em uma reunião com funcionários do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Condições de Paz
Vladimir Putin também delineou suas condições para negociar a paz com a Ucrânia, afirmando que estaria disposto a assinar um acordo “amanhã” se a Ucrânia retirasse suas tropas das regiões de Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk.
Além disso, ele exigiu que a Ucrânia desistisse de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Segundo o presidente russo, a aceitação desses termos resultaria na cessação dos ataques russos e no início das negociações de paz.
Essas declarações foram feitas na véspera de uma cúpula na Suíça, onde mais de 90 países e organizações devem discutir um possível caminho para a paz na Ucrânia.
A Rússia não foi convidada para a reunião e considera o encontro uma perda de tempo.
Atualmente, a Rússia controla quase um quinto do território ucraniano, e a Ucrânia insiste que qualquer acordo de paz deve incluir a retirada total das forças russas e a restauração de sua integridade territorial.
Vladimir Putin: A Ascensão e o Poder do Líder Russo
Vladimir Putin, uma das figuras políticas mais influentes e controversas do século XXI, tem moldado a política russa e global desde o final dos anos 1990.
Nascido em 7 de outubro de 1952, em Leningrado (atual São Petersburgo), Putin iniciou sua carreira pública como oficial da KGB, a agência de segurança e inteligência da União Soviética.
Sua formação e experiências na KGB moldaram sua abordagem pragmática e estratégica à política.
Após a queda da União Soviética, Vladimir Putin entrou na política russa, ascendendo rapidamente pelos cargos do governo. Em 1999, ele foi nomeado primeiro-ministro pelo então presidente Boris Yeltsin.
Quando Yeltsin renunciou inesperadamente no final daquele ano, Vladimir Putin assumiu a presidência interina e, em 2000, foi eleito presidente da Rússia.
Durante seu primeiro mandato, Vladimir Putin se destacou por estabilizar a economia russa, que havia sido severamente prejudicada pela transição do comunismo para o capitalismo.
Ele implementou reformas econômicas que resultaram em um crescimento significativo do PIB e em uma melhoria na qualidade de vida para muitos russos.
No entanto, seu governo também foi marcado por uma crescente centralização do poder e por restrições à liberdade de imprensa e aos direitos civis.
Putin foi reeleito em 2004 e continuou a consolidar seu poder. Em 2008, devido às restrições de mandato, ele se tornou primeiro-ministro novamente, enquanto Dmitry Medvedev assumiu a presidência.
No entanto, muitos acreditavam que Putin continuava a ser a figura dominante na política russa. Ele voltou à presidência em 2012, após uma mudança constitucional que lhe permitiu cumprir mandatos adicionais.
A política externa de Putin tem sido caracterizada por uma postura assertiva e, em muitos casos, desafiadora em relação ao Ocidente.
A anexação da Crimeia em 2014 e o apoio aos separatistas no leste da Ucrânia resultaram em sanções internacionais e tensões geopolíticas.
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No entanto, essas ações também aumentaram sua popularidade doméstica, onde ele é visto por muitos como um defensor dos interesses nacionais russos.
A liderança de Putin na Rússia tem sido marcada por uma combinação de autoritarismo, nacionalismo e pragmatismo econômico. Sua habilidade em navegar complexas situações internas e externas consolidou seu status como um líder formidável.
No entanto, seu governo também enfrenta críticas severas por supressão de opositores políticos, censura da mídia e violações dos direitos humanos.
Enquanto Putin continua a desempenhar um papel central na política global, o futuro da Rússia sob sua liderança permanece uma questão de grande interesse e especulação.
Suas decisões e ações continuam a ter um impacto profundo não apenas na Rússia, mas também no cenário internacional, solidificando sua posição como uma das figuras políticas mais significativas da era moderna.