sexta-feira, outubro 18, 2024
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    William Bonner Entrevista Governador do Rio Grande do Sul

    Eduardo Leite assegura compromisso em enfrentar desafios e garantir soluções para a população

    Em meio à crise causada pelas recentes enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite compartilhou em uma entrevista ao Jornal Nacional os desafios enfrentados e os esforços empreendidos para restabelecer os serviços básicos e garantir soluções para a população afetada.

    Em uma conversa conduzida por William Bonner, Leite destacou a importância da solidariedade e da colaboração de diferentes esferas governamentais e da sociedade civil para enfrentar os dias difíceis que ainda estão por vir. Neste contexto, o governador ressaltou a necessidade de recursos financeiros e medidas legislativas extraordinárias para agir com rapidez e eficácia diante da extensão do desastre.

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    William Bonner: Governador, boa noite. Obrigado pela sua presença aqui. Eu acho que esse é um momento para o senhor dividir com todos os brasileiros aqui no Jornal Nacional quais seriam as necessidades mais urgentes do estado neste momento.

    Eduardo Leite: Primeiro quero agradecer a imensa generosidade do povo brasileiro. É estimulante, além de ajudar as pessoas materialmente, os voluntários que estão em campo, gente que está vindo para ajudar, que está fazendo doações. Isso aquece a alma de todo mundo aqui. Os gaúchos estão muito sensibilizados com isso. Muito obrigado a todo. Nesse momento crítico, restabelecer serviços básicos. Então, estamos lutando aqui para restabelecer o serviço de abastecimento nas localidades mais populosas. Água para poder chegar, porque a água não apenas potável para consumo, mas também para as pessoas poderem tomar banho. Tem 500 pessoas em abrigos individualmente, tem 50 mil no total, mas tem abrigos com 500 pessoas, com mil pessoas com mais do que isso. Então, restabelecer as condições de saneamento, de energia, policiamento e segurança. Eu conversei com governadores, quero agradecer todos os governos estaduais do Brasil estão ajudando com equipamentos, com efetivo, com gente que está vindo para cá. Acionamos a Força Nacional de Segurança, inclusive para ter reforço de efetivo. Nós convocamos todos os nossos policiais. Quem estava em férias voltou. Liberamos tudo o que puder de hora extra. Estão trabalhando força total, mas vamos precisar de mais. Então está vindo mais policiamento também de outros estados para nos ajudar nesses próximos dias. Então é restabelecer estradas críticas para estabelecer conexão em cidades importantes no interior do estado, fazer o saneamento e a energia elétrica estarem funcionando minimamente, em condições, nos principais municípios e garantir que chegue alimento e roupas nos lugares onde as pessoas estão.

    William Bonner: Mas, governador, naturalmente, isso custa dinheiro. O estado do Rio Grande do Sul precisa de dinheiro. E do que mais?

    Eduardo Leite: Vai ser uma força-tarefa também tecnicamente. Os recursos ajudam. Os recursos federais, os recursos que o estado vai empregar. Por mais que a gente tenha dificuldades fiscais históricas aqui, não vai haver limitação de emprego de recurso para poder fazer essa reconstrução, para reconstruir as vidas, para reconstruir os lugares, para reconstruir o futuro do estado. Então, vai ter uma grande força. Mas a gente vai precisar, também, estamos pedindo isso ao Congresso Nacional, ao presidente da República. Ainda hoje falei com muitos deles para que a gente possa ter medidas legislativas extraordinárias. A gente vai ter que pensar fora da caixa do ponto de vista da estrutura da máquina pública para poder ser muito rápido para atender a população.

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    William Bonner: Governador, como nós dissemos aqui na abertura do Jornal Nacional, diferentemente de outras tragédias dessa natureza que nós já testemunhamos e acompanhamos jornalisticamente, esta foi piorando dia a dia. Ainda hoje, mais dois bairros foram inundados com o desligamento da energia elétrica: Menino Deus e a Cidade Baixa. Que palavras, que mensagem o senhor tem a dar para o povo gaúcho neste momento, quando as dificuldades se avolumam de uma maneira assustadora?

    Eduardo Leite: Infelizmente, o primeiro que eu tenho que dar é para a população da região sul do estado. Essa água vai baixar. Hoje, eu fiz reunião com os prefeitos da região sul. Eles vão ter um dia, um dia e meio vão ter muitos transtornos por lá também. Já estão agindo para tirar pessoas de áreas de risco, porque essa água toda vai chegar em outras regiões também com cidades importantes. Mas para a população gaúcha, agradecer a todos que estão agindo: servidores públicos, sejam civis e militares, mas principalmente voluntários, porque a extensão do desastre é tão grande. Da região central do estado, na região dos Vales, na região Norte, são 390 municípios já em situação de emergência. Isso é mais de dois terços do estado. E a máquina pública faz o esforço para chegar em todos os cantos, mas não consegue. É impossível chegar em todos os lugares. Então, os voluntários estão fazendo enorme esforço. Eu sou muito grato a cada um deles. O povo gaúcho está mostrando a suas melhores qualidades. Infelizmente, tem aqueles também que mostram seus piores defeitos, que brigam, que xingam, que usam para lançar fake news e até aplicar golpes nesse momento. Mas é muito maior a solidariedade, é muito maior o esforço. Isso nos anima e me dá a confiança de que nós vamos sair dessa. Nós vamos estar juntos. Tem que ter um pouco de paciência, de resiliência nos primeiros dias para organizar esse caos ainda. Não é apertar um botão e resolver. Então, vamos ter dias duros ainda que a gente está vivendo, mas a gente vai superar esse momento. Vamos fazer um grande programa de reconstrução, muita gente somando forças, desde o presidente da República, o Congresso, os outros estados. Está todo mundo sensibilizado com o Rio Grande do Sul. Eu agradeço à imprensa que está nos ajudando a levar essa mensagem e mobilizar o Brasil em favor do Rio Grande do Sul para que a gente possa recuperar esse estado e recuperar o futuro.

    A Trajetória de William Bonner: Da Comunicação à Liderança no Jornalismo Brasileiro

    William Bonemer Júnior, mais conhecido como William Bonner, é uma figura icônica no cenário jornalístico brasileiro. Nascido em 16 de novembro de 1963, sua carreira brilhante é marcada por sua dedicação ao jornalismo e sua habilidade como comunicador.

    William Bonner é formado em Comunicação de Massa com ênfase em Propaganda e Publicidade pela renomada Escola de Artes e Comunicações da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Bonner deu seus primeiros passos no mundo da comunicação em 1983, trabalhando no campo da publicidade.

    Sua transição para o jornalismo ocorreu em 1985, quando ingressou na Rádio USPFM e posteriormente na TV Bandeirantes, onde atuou como locutor e apresentador de televisão até meados de 1986. No mesmo ano, deu um salto significativo para a Rede Globo, onde sua jornada jornalística decolou.

    Seu talento como comunicador o levou a ocupar diversos cargos importantes na Globo, incluindo a apresentação do SPTV, telejornal local de São Paulo, e o renomado Fantástico. Sua ascensão continuou quando se mudou para o Rio de Janeiro, onde se tornou o principal apresentador do Jornal da Globo ao lado de Fátima Bernardes.

    Em 1996, William Bonner alcançou o auge de sua carreira ao assumir o comando do Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência do Brasil. Sua parceria com Fátima Bernardes na bancada se tornou lendária, cativando o público por anos.

    Além de sua carreira profissional, William Bonner também compartilha uma vida pessoal pública. Sua união com Fátima Bernardes, que resultou na chegada dos trigêmeos Beatriz, Laura e Vinicius, foi um dos assuntos mais comentados na mídia. Após o término do relacionamento, Bonner encontrou amor novamente e se casou com a fisioterapeuta Natasha Dantas.

    Em 2009, ele compartilhou seus insights sobre os bastidores do jornalismo brasileiro em seu livro “Jornal Nacional: Modo de Fazer”, uma homenagem aos 40 anos do programa.

    William Bonner continua a ser uma figura influente e respeitada no jornalismo brasileiro, deixando um legado duradouro como um dos mais renomados apresentadores e editores-chefes do país.

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