sexta-feira, outubro 18, 2024
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    ONU: Insegurança Alimentar Cai, Mas Fome Ainda Afeta Milhões no Brasil

    Relatório revela avanço, mas desnutrição infantil segue em alta

    Fome no Brasil apresenta queda significativa, conforme relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira (24), mostrando uma redução na insegurança alimentar de 32,8% entre 2020 e 2022 para 18,4% entre 2021 e 2023. Isso representa uma diminuição de quase 44%, com 29,2 milhões de brasileiros saindo da insegurança alimentar.

    No entanto, a insegurança alimentar ainda atinge 37,3 milhões de pessoas, sendo que 13,4 milhões enfrentam insegurança grave, onde a fome é uma realidade diária. Este número caiu de 20,1 milhões no período anterior.

    O relatório, sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI), é uma publicação conjunta de cinco agências da ONU: FAO, FIDA, UNICEF, OMS e WFP.

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    Apesar da melhora geral, a subnutrição caiu de 4,7% para 3,9%, o que significa uma redução de 9,5 milhões para 7,9 milhões de brasileiros subnutridos. No entanto, a desnutrição aguda entre crianças de até 5 anos aumentou, de 6,3 milhões para 6,9 milhões.

    O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome foi questionado sobre esses dados e ainda não respondeu.

    A Fome no Mundo: Desafios e Perspectivas

    fome

    A fome no mundo é um dos maiores desafios humanitários da nossa era. Apesar dos avanços tecnológicos e econômicos, milhões de pessoas ainda sofrem com a insegurança alimentar.

    Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 820 milhões de pessoas no mundo estavam subnutridas em 2018. A fome não é apenas uma questão de falta de alimentos, mas também de acesso, distribuição e sustentabilidade dos recursos.

    A fome global é causada por uma combinação complexa de fatores. Entre eles estão os conflitos armados, mudanças climáticas, crises econômicas e desigualdades sociais.

    Em muitas regiões, especialmente na África Subsaariana e na Ásia Meridional, a guerra e a violência deslocam populações inteiras, interrompem a produção agrícola e destroem infraestruturas essenciais.

    Esses conflitos prolongados deixam comunidades inteiras dependentes de ajuda humanitária para sobreviver.

    As mudanças climáticas também desempenham um papel crucial na insegurança alimentar. Fenômenos como secas, enchentes e tempestades extremas estão se tornando mais frequentes e severos, afetando diretamente a agricultura.

    Pequenos agricultores, que dependem de padrões climáticos estáveis, são os mais vulneráveis. As colheitas fracassadas resultam não apenas em perda de renda, mas também em escassez de alimentos, exacerbando a fome.

    A crise econômica global também contribui significativamente para a fome. A pobreza impede que milhões de pessoas adquiram alimentos suficientes para suas necessidades diárias.

    Em muitos países, a desigualdade de renda significa que, enquanto alguns desfrutam de abundância, outros não conseguem acessar o básico. O aumento dos preços dos alimentos, muitas vezes impulsionado por especulações e políticas comerciais injustas, agrava ainda mais a situação dos mais pobres.

    A pandemia de COVID-19, que começou em 2020, exacerbou ainda mais a crise alimentar global. As medidas de confinamento e restrições de movimento interromperam as cadeias de abastecimento alimentar, fecharam mercados e deixaram muitos sem meios de subsistência.

    A pandemia destacou a fragilidade dos sistemas alimentares globais e a necessidade urgente de torná-los mais resilientes.

    Combater a fome no mundo exige uma abordagem multifacetada. Em primeiro lugar, é crucial promover a paz e a estabilidade em regiões afetadas por conflitos.

    A assistência humanitária deve ser ampliada para fornecer ajuda imediata, mas também é essencial investir em soluções de longo prazo que promovam a agricultura sustentável e a resiliência das comunidades.

    A adaptação às mudanças climáticas é igualmente importante. A introdução de práticas agrícolas sustentáveis, como a agroecologia, pode ajudar os agricultores a enfrentar as incertezas climáticas.

    Além disso, a melhoria das infraestruturas de irrigação e armazenamento de água pode aumentar a produtividade agrícola em regiões vulneráveis.

    A redução da pobreza e da desigualdade econômica também é fundamental. Políticas que promovam a inclusão social e econômica podem garantir que mais pessoas tenham acesso aos recursos necessários para uma alimentação adequada.

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    Isso inclui a criação de redes de segurança social, como transferências de renda e programas de alimentação escolar, que podem fazer uma diferença significativa na vida dos mais vulneráveis.

    A cooperação internacional é essencial para enfrentar a fome global. Organizações internacionais, governos, ONGs e o setor privado precisam trabalhar juntos para desenvolver e implementar políticas que abordem as causas subjacentes da fome.

    A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, que inclui o objetivo de erradicar a fome até 2030, oferece um quadro para essas ações colaborativas.

    A inovação também desempenha um papel vital na solução da fome. Tecnologias como a agricultura de precisão, biotecnologia e sistemas de informação geográfica podem aumentar a eficiência da produção e distribuição de alimentos.

    Além disso, iniciativas de economia circular, que minimizam o desperdício de alimentos, podem contribuir significativamente para a segurança alimentar.

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