sexta-feira, outubro 18, 2024
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    Deepfake: Como a tecnologia distorce a realidade de forma realista

    Inteligência artificial cria vídeos falsos usando fotos e vídeos reais

    A criação de vídeos adulterados e realistas se tornou muito mais simples com o uso da tecnologia deepfake. Essa técnica permite colocar pessoas em situações constrangedoras ou, no mínimo, inusitadas.

    Uma reportagem da BBC revelou um grupo de criminosos no Brasil que usa inteligência artificial (IA) e deepfake para criar, sob encomenda, imagens pornográficas falsas envolvendo mulheres. As negociações para a criação desses deepfakes ocorrem no aplicativo de mensagens Telegram.

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    O que é deepfake?

    Deepfake é uma técnica que utiliza inteligência artificial para alterar vídeos ou fotos de maneira realista. Com essa tecnologia, é possível trocar o rosto de uma pessoa no vídeo por outro ou modificar o que ela está dizendo.

    O material falso é criado a partir de conteúdos verdadeiros da pessoa, modificados por meio de aplicativos ou programas de edição disponíveis no mercado.

    Usos preocupantes do deepfake:

    Pornografia falsa: Um dos usos mais alarmantes dessas ferramentas é a criação de vídeos pornográficos falsos com o rosto de outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 mil mulheres estavam sendo compartilhados na internet.

    Política: Em 2019, a ex-presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi vítima de um deepfake que sugeria dificuldades na fala durante um discurso.

    O vídeo foi desacelerado e editado para dar a impressão de que ela estava tropeçando em suas palavras. Esse conteúdo falso teve ampla circulação nas redes sociais e foi removido do YouTube.

    Deepfake ao vivo:

    Essa tecnologia também pode ser utilizada ao vivo. Surgida em 2022, essa evolução do deepfake permite alterar o rosto e a voz de uma pessoa em tempo real, como mostrado em cenas da novela “Travessia” (TV Globo).

    Na trama, um pedófilo se passava por uma adolescente em videochamada para enganar outra menina, utilizando um programa de computador para modificar sua aparência e voz.

    Segundo especialistas, criar um deepfake ao vivo com alta qualidade exige um computador potente capaz de processar as alterações em tempo real. Embora seja possível fazer isso com menos gastos usando aplicativos mais baratos, a qualidade será significativamente inferior.

    “Para alcançar a qualidade exibida na novela, não dá para usar apenas software. É preciso programar algoritmos que trabalham com dados e códigos”, explica Fernando Oliveira, especialista em inteligência artificial da FaceFactory.

    Esses algoritmos processam dados como imagem e voz, e quanto mais dados são fornecidos, maior a eficiência do deepfake.

    A tecnologia deepfake, apesar de seu potencial para criar conteúdos impressionantes, levanta sérias preocupações éticas e de segurança, destacando a necessidade de regulamentos e medidas para prevenir seu uso indevido.

    A História da Deepfake: A Revolução e os Desafios da Manipulação Digital

    deepfake

    A deepfake, uma tecnologia que utiliza inteligência artificial (IA) para criar vídeos e imagens extremamente realistas, tem suas origens enraizadas nas inovações rápidas e contínuas no campo do aprendizado de máquina e da manipulação de mídia.

    O termo “deepfake” é uma combinação de “deep learning” (aprendizado profundo) e “fake” (falso), e a sua história é uma jornada de avanços tecnológicos e implicações éticas significativas.

    Os primeiros indícios de deepfake surgiram em meados dos anos 2010, quando pesquisadores começaram a experimentar com redes neurais convolucionais para modificar vídeos e imagens.

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    O ponto de virada ocorreu em 2014, com a introdução das Generative Adversarial Networks (GANs), uma técnica desenvolvida por Ian Goodfellow e seus colegas. As GANs consistem em dois modelos de IA: um gerador, que cria imagens falsas, e um discriminador, que tenta distinguir entre imagens reais e falsas.

    A interação entre esses dois modelos resultou em uma capacidade sem precedentes de criar imagens e vídeos incrivelmente realistas.

    No início, essas tecnologias foram exploradas principalmente em contextos acadêmicos e de pesquisa. No entanto, em 2017, o termo “deepfake” ganhou notoriedade quando vídeos falsos começaram a circular na internet, particularmente em fóruns como o Reddit.

    Esses vídeos frequentemente colocavam celebridades em contextos comprometedores, como pornografia não consensual, trazendo à tona as preocupações sobre privacidade e consentimento.

    O impacto dos deepfakes rapidamente se expandiu para além do entretenimento e do voyeurismo digital. Políticos e figuras públicas se tornaram alvos frequentes, com vídeos manipulados que os mostravam dizendo ou fazendo coisas que nunca aconteceram.

    Um exemplo notório foi um vídeo manipulado da então presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, que parecia estar embriagada durante um discurso.

    Esse vídeo falso, amplamente compartilhado nas redes sociais, ilustrou o potencial dos deepfakes para desinformação e manipulação política.

     

     

     

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